“Como Viver com Menos”: um minidocumentário sobre minimalismo

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O minidocumentário “Como Viver com Menos” defende que a prosperidade está muito mais próxima da simplicidade do que a maioria das pessoas imagina. Viver com menos é adotar a simplicidade voluntária como um estilo de vida minimalista. É ter uma vida simples por fora, mas rica por dentro. Uma das armadilhas da sociedade moderna é o anseio por ter mais e mais, sempre buscando algo maior, melhor e mais caro como símbolo de felicidade. Poucos despertam para perceber que essa busca incessante é um buraco sem fundo.

O minidocumentário sobre minimalismo apresenta 3 reflexões minimalistas que simplesmente podem mudar a vida de quem está em busca de uma vida com mais significado.

Perceba a preciosidade de cada reflexão:


Primeira reflexão: Rico é aquele que precisa de menos.

Reflitam sobre essa frase:

“Rico não é aquele que mais tem, e sim aquele que menos precisa.”


Essa ideia é capaz de dar um estalo na mente e ajudar despertar as pessoas para de enxergar a vida com outros olhos, os olhos da simplicidade. O minimalismo é um estilo de vida que segue na contramão do consumismo, da ostentação e de uma vida estressante. Porém, trilhar esse caminho não é tão simples, pois requer primeiro autoconhecimento para se afastar das distrações e dos estímulos que nos levam ao consumo desnecessário.

A chave para o consumo consciente é entender que não são as coisas que nos preenchem de sentido, pois, quando estamos bem, não sentimos a necessidade de encher nossa casa de coisas em troca de uma felicidade momentânea ou de aceitação social. Ao consumirmos de forma desnecessária, além do dinheiro gasto, perdemos tempo de vida para cuidar e manter o objeto que compramos. Pois a verdadeira riqueza está em ter saúde física, mental, emocional e espiritual, que nos proporciona bem-estar e gratidão, pois são esses bens que nos deixam imunes ao consumo exagerado.

Há quem defenda que riqueza é uma quantidade de bens e de dinheiro que uma pessoa tem. Para mim, essa definição só é válida do ponto de vista econômico, mas não acredito nela como definição de prosperidade. Na minha opinião, a prosperidade não é medida por aquilo que alguém tem, mas sim pelo grau de satisfação que a pessoa sente por aquilo que possui, pois há quem tenha muito e nunca está satisfeito. Veja por exemplo, o número de pessoas milionárias e famosas que chegaram no auge da carreira e vivem infelizes e à base de antidepressivos. Elas provam que não são as coisas materiais que preenchem a vida de significado. Por esses motivos que sentir-se próspero é encontrar satisfação em viver com poucas coisas, mas que são valiosas para nós, dentro da régua do que é suficiente para cada um viver.


Segunda reflexão: A sociedade vive um desespero silencioso


Esse pensamento é de um filósofo que eu gosto muito. Henry David Thoreau, que disse assim:

“A grande maioria dos homens leva uma vida de silencioso desespero.”

Esse silencioso desespero reflete-se no contínuo aumento nos índices de ansiedade, de depressão, de estresse e de violência social, como os recentes ataques nas escolas. Vivemos em uma sociedade cansada, onde todo mundo disputa a nossa atenção. Vivemos em uma sociedade acelerada, que acumula sem parar problemas de saúde mental. As pessoas estão cada vez mais distraídas, competitivas e agressivas. Para agravar o quadro, nas empresas, os profissionais são pressionados o tempo todo para atingir metas humanamente irrealistas. Como disse o Cortella, “as organizações se tornaram fábricas de psicopatas”.

Soma-se a isso o avanço a passos largos da tecnologia, que gera uma montanha de informações impossível de se absorver. O efeito colateral da sociedade da informação é o aumento da angústia e a sensação de que estamos sempre desatualizados.
Essas sensação de que estamos sempre desatualizados e perdendo o controle trouxe recentemente uma notícia que nos pegou de supresa, a carta aberta que pede pausa em projetos de inteligência artificial. O documento cita temores sobre os “riscos profundos para a sociedade e a humanidade”.

Os cientistas que pedem a suspensão de pesquisas de inteligência artificial levantam algumas questões para reflexão.
• “Devemos deixar que as máquinas inundem nossos canais de informação com propaganda e falsidade?”
• “Devemos automatizar todos os trabalhos, incluindo os satisfatórios?”
• “Devemos arriscar perder o controle de nossa civilização?”

Outro ponto que merece a nossa atenção, e do qual muitos estão desligados, é a guerra provocada pela invasão da Rússia na Ucrânia. Alguns já dizem que vivemos uma terceira guerra mundial silenciosa com desdobramentos imprevisíveis. Se Thoreau estivesse por aqui, ele diria: “Tá vendo, eu avisei”.

O fato é que todas essas variáveis nos colocam em um cenário complexo. E o que as pessoas fazem para lidar com essa complexidade? Descontam suas angústias, seus medos e suas frustrações no consumismo. Não se engane. A compra se tornou, sim, o grande remédio para combater questões existenciais. E por quê? Porque ela se transformou na recompensa psicológica mais rápida e fácil para escapar dos problemas reais da vida. Mas não precisa ser assim. Nós temos minimalismo como uma ferramenta de autoconhecimento que pode nos ajudar a olhar para dentro e reconhecer que não temos controle sobre as variáveis externas. O que precisamos é destralhar a nossa mente de toda essa toxidade para focar aquilo que podemos controlar. Viver com menos é adotar a simplicidade voluntária como um estilo de vida minimalista. É ter uma vida simples por fora, mas rica por dentro.

Se você também deseja se aprofundar na filosofia minimalista, recomendo que assistat o documentário “Passageiros”, produzido por Gianini Ferreira, o mesmo diretor do documentário “Mente Minimalista“.


Terceira reflexão: Minimalismo não é falta de ambição

Viver com menos não é viver em estado de privação. A grande verdade é que vivemos em um mundo abundante, e nós mesmos é que nos privamos da abundância. Cuidado para não se alimentar da mentalidade de escassez, que pode levar uma pessoa a viver na falta. A mentalidade de escassez nos conduz à avareza, e uma pessoa avarenta nunca sentirá prosperidade na vida, pois o foco estará sempre na falta, não na abundância. Temos que tomar muito cuidado para não confundir minimalismo com falta de ambição. Notem a diferença de pespectiva entre maximalistas e minimalistas:

“Maximalistas transformam ambição em ganância e pagam um alto preço para TER mais.”
“Minimalistas transformam ambição em prosperidade e simplificam a vida para SER mais.”

Viver com menos não é viver com o insuficiente e se colocar em risco econômico-social.
Minimalismo não é renunciar as coisas que nos trazem conforto e felicidade. Pelo contrário, minimalismo é remover tudo o que nos gera desconforto e nos deixa infelizes. E não é só remover objetos, mas também remover atividades, pessoas, emoções e, sobretudo, tralhas mentais que geram crenças limitantes e nos impedem de sermos prósperos.

Veja este exemplo de crença limitante:
“Minimalista vive com pouco porque é uma pessoa preguiçosa e sem ambição na vida”

Veja este exemplo de pensamento de prosperidade:


“Minimalismo é saber viver com menos para crescer e ter prosperidade na vida para as coisas que realmente importam”.


Como exercício de autoconhecimento, faça um exame honesto dos seus pensamentos. Destralhe possíveis crenças limitantes que lhe dizem que é impossível viver com menos. Pois é possível viver com menos e ter prosperidade na vida, desde que você entenda a sabedoria por trás destas três reflexões:


• Rico é aquele que precisa de menos.
• A sociedade vive um desespero silencioso.
• Minimalismo não é falta de ambição.

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Para assistir o minidocumentário “Como Viver Com Menos” clique nesse link.

@gianinicochize

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